Capítulo 1-O
último dia de paz!
Chovia muito sábado à noite na cidade de Aracaju, capital do
estado brasileira de Sergipe. Chegou a sua porta de casa. Estava todo melado de
lama, por causa da chuva que caia na cidade. Abriu a porta e entrou em casa
ligando a TV para se manter atualizado com as noticias da cidade. Ele gostava
de ouvir o noticiário enquanto arrumava as coisas pela casa. Terminado de lavar
a farda, foi direto para cama, pois estava muito cansado. Ao pegar no sono, ouvia
uma voz feminina falando sobre um protesto que aconteceu pelo dia em Aracaju.
Muito cansado ele foi ate a sala para desligar a TV, e viu uma repórter ruiva
com cabelos cacheados entrevistando um recém formado em química. Não dando
atenção a reportagem, desligou a TV e voltou para o quarto. Ao deitar, seu
celular começa a tocar. Pegou o celular e visualizou para saber quem ligava.
Estava em seus contatos como Bia. E atendeu:
-Alo?
- Parabéns Filipe Lima!
Como foi o último dia no curso de formação? –perguntou Bia com muita alegria.
-Foi cansativo, mais
foi bom. Na verdade o último dia foi ontem. Hoje eu tive que resolver os
documentos no departamento e a noite os formandos teve de se apresentar ao
governador - falava Filipe com uma voz de sono.
-Meu dia também foi
cansativo, vou deixar você descansar. Lembrei! Vai ter uma comemoração na casa
de Carlos amanhã.
-Qual a comemoração?
-É que ele se formou,
e os pais dele fizeram uma festinha com familiares e amigos. E nos convidou.
-Porra! Vai ser em
Propriá?
-É, vai ser aqui.
-Você já esta em
Propriá?
-Já. Eu preferir vir
hoje pra ficar com meus pais um pouco.
-Se eu soubesse tinha
te dado o vale-transporte para que você não pagasse o ônibus
-É! Mas não tem
problema.
-Vai ser que horas a festa?
-Umas nove horas da
manhã.
-Ta bem. Amanhã eu
chego ai!
-Certo. Beijo, até amanhã!
No dia seguinte
Filipe se levanta às seis e meia da manhã, se arruma, pega a pistola guardando
na cintura e vai até o ponto de ônibus!
Após uma hora e meia
de viagem ele chega à cidade de Propriá, que fica a 96 km de Aracaju. No ponto
de ônibus que tinha chegado aproveitou para comer algo, pois não tinha comido
nada antes da viagem.
Sentado em uma
cadeira de lanchonete, ele ficou pensando como a cidade tinha mudado tanto, após
a derrota do ex- prefeito Zé Brasileiro em 2016. “Nossa, que nostálgico. Mas
bem que as pessoas que saiam de Propriá tinham razão. Você nunca mais quer
voltar”, pensou Filipe.
Ao terminar de tomar
o café da manhã, foi pegar Bia, que estava na casa de seus pais. Ao chegar à
casa de Bia, ele foi recebido com beijos e abraços. –E que alegria é essa?
–perguntou Filipe.
-Nada. Só estou
feliz!
Estávamos a caminho
pra casa de Carlos, e Bia perguntou: - Me viu na TV ontem?
-Ontem? TV? Não estou
entendendo!
-Não recebeu minha
mensagem?
Filipe pegou o celular, e lá estava a mensagem mandada por
Bia no dia anterior.
-Ontem eu não tive
muito tempo, foi por isso que eu não visualizei sua mensagem. Desculpe!Ontem
foi muito corrido pra mim. Mas já que estamos aqui, fale pessoalmente.
-Como já estou no
penúltimo ano do curso de jornalismo, estou estagiando na TV Sergipe.
-Que maravilha!Isso
será uma grande experiência para você, e
se gostarem de você, pode ate ser contratada. –Falou Filipe com muita alegria.
Ele se lembrou da
noite passada. –Bem que eu tinha visto uma mulher parecida com você na TV, mas
por causa do cansaço, fui dormir.
Bia diz: - Adivinha
quem eu entrevistei!
-Quem?
-Anderson!
-Anderson?O que ele tava fazendo na TV?
-Tive que entrevistar um funcionário da empresa BIO
CORPORATION, para explicar as experiências que faziam em animais, e a
quantidade de cadáveres jogados no lixo. Nem eu acreditei que era Anderson que
eu tinha que entrevistar. Ficou ate mais fácil.
Chegando à casa de
Carlos, foram recebidos por Carlinhos, o pai de Carlos. Sorrindo, como sempre,
falou que todos estavam no terraço. Estavam todos curtindo a festa.
Carlos estava se acabando de beber e dançando muito no XBOX
ONE com KINECT e sem camisa. Ao lado, Vitoria brigava com Carlos por ele esta
bebendo muito na festa. Carlos ver Filipe e oferece uma cerveja. Filipe aceita
e vai falar com Vitoria, que é sua prima. Dá um abraço e pergunta: - Cadê tia
Cleide?
- Ta em casa.
–Respondeu Vitoria com uma cara fechada. Filipe da um sorriso, e sai pra rever
os amigos.
Bia se aproxima de
Vitoria e pergunta qual o problema. –Carlos desde que começou a festa ele não
para de beber. –Respondeu Vitoria, com muita raiva.
-Não se estresse,
veja por um lado bom, ele ta feliz! É motivo pra você também ta feliz.
Na festa Filipe
encontrou Anderson, Flavia, Nem, Bruna, Brennda.
Ao entardecer, todos foram embora. Apenas ficou Filipe, Bia,
Anderson, Flavia, Carlos e Vitoria. Carlos estava dormindo no chão de tão
embriagado, às mulheres estavam conversando, e Filipe e Anderson começaram a
conversar.
-Fiquei sabendo que
você foi contratado pela BIO CORPORATION. Parabéns! Ta começando bem sua
carreira. –disse Filipe.
-Tirei a sorte
grande. Devo agradecer a Deus por isso. E você? Ainda na Policia? –Perguntou
Anderson.
-Ainda to, mas acabei de entrar na C.O.E (Corporação de
Operações Especiais).
Anderson fica
surpreso, e deseja boa sorte.
Conversa vai,
conversa vem, então anoitece.
Filipe e Bia se
despedem das pessoas e vai para casa de Bia. Ao sair da casa de Carlos seu
celular começa a tocar. Ao visualizar a tela, estava chamando: (Departamento
C.O.E.) “O que deve ser a essa hora pleno domingo à noite?” Pensou Filipe com
certa preocupação, e atendeu!
-Alô?
-Soldado Lima!
Compareça ao batalhão da C.O.E imediatamente. Urgente!
-Mas eu não estou em
Aracaju.
-...
O oficial desliga o
telefone. Quem era no telefone? –Perguntou Bia.
-Um oficial da
polícia me comunicando.
-Comunicando o que?
-Para eu comparecer
urgentemente no batalhão.
-O que deve ter
acontecido?
-Não sei. O que sei é
que tenho que ir para não perder o emprego.
Foram até a casa de
Bia para pegar a bolsa com roupas, que tinha deixado na casa dela. Pegou o
primeiro ônibus e partiu. Chegando a Aracaju, Filipe passa em sua casa para
pegar a farda, guarda em uma bolsa, e vai direto ao batalhão para não perder
mais tempo. Chega ao batalhão a tempo.
-Chegou a tempo,
Soldado Lima.
Esse era o
encarregado pelo batalhão, o Capitão Santos. Tinha 32 anos de idade e 14 anos
de carreira na polícia. Ele lembrava ator Wagner Moura. Já
participou nos piores e mais delicados casos que Sergipe teve nos últimos anos,
e todos obtiveram sucesso com ele no comando. Então ele tinha experiência pra
dar e vender.
Filipe se cumprimenta
aos oficiais dando continência, e começa a fazer parte da reunião.
Capitão Santos:
-Recebemos um chamado da empresa farmacêutica BIO CORPORATION. Pessoas que
protestam contra a empresa estavam prestes a invadir, e isso estava trazendo
preocupação aos funcionários que nela trabalhavam, e até pela preservação da
própria empresa. O exercito esta La para controlar a situação, e também alguns
dos nossos homens vão acompanhar os Federais.
Todos ficaram
surpresos, e um soldado pergunta: - Federais? O que eles estão fazendo aqui? A
final se trata de uma empresa privada, eles n se metem nisso.
Capitão Santos: - Não
sei. Mas são ordens e eu n discuto.
O capitão da às
costas aos 30 soldados que estavam na sala e da à ordem: - Vão para “operação
esterilização”!
Próximo da chegada da
empresa, o capitão fala que terá uma mudança na formação da equipe ao chegar
lá. Será formado 14 grupos de dois soldados, com exceção do sargento Silva e do
tenente Cavalcante, que iram acompanhar os federais. Cada grupo terá um
sargento do exercito para comandar.
Grupo sete: Lima,
Nascimento e sarg.Santana (Exercito)
Todos desceram das
viaturas, viu quanto tão grande era aquele prédio. Na parte de fora, uma
entrada bem bonita, era um terreno bem plano, e nas laterais tinha grandes
jardins bem cuidados. O prédio tinha 20 andares e era todo espelhado. Na parte
frontal do prédio é onde ficava o nome da empresa, que quando a noite, acendia,
chamando a atenção de todos que passavam.
As pessoas que
protestavam estavam próximas a entrada do prédio, e também estavam cheios de
repórteres no mesmo local. Abriram passagem para os policias passarem.
O capitão apresentou
o sargento Santana aos dois policiais, e Filipe logo o reconheceu. Era Handel!
Logo Handel
reconheceu Filipe e foram para a formação. –É NE? Ta na C.O.E. –Falou Handel.
De repente uma
ventania forte, gigantes hélices. Eram os federais que tinha vindo diretamente
de Brasília. Pousaram no jardim, saíram do helicóptero e entraram imediatamente
no prédio com os dois policias da C.O.E.
Passaram-se quinze
minutos e os federais ainda estavam no prédio, enquanto Filipe e Handel estavam
lá com outros policias na entrada do prédio pra controlar a situação.
De repente, um dos
policias da C.O.E começa a falar no radio. –solicitando ajuda, solicitando
ajuda, código 6631. AAAHHHH! Rápido! Tem vários cachorros aqui, o doutor
enlouqueceu e me mordeu, ta doendo muito à ferida. Doutor fique onde esta, não,
não, NÃO!
O rádio ficou mudo.
Então ouve uma explosão no prédio.
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