Trilha sonora

sábado, 21 de fevereiro de 2015

1º Capítulo

     Capítulo 1-O último dia de paz!


Chovia muito sábado à noite na cidade de Aracaju, capital do estado brasileira de Sergipe. Chegou a sua porta de casa. Estava todo melado de lama, por causa da chuva que caia na cidade. Abriu a porta e entrou em casa ligando a TV para se manter atualizado com as noticias da cidade. Ele gostava de ouvir o noticiário enquanto arrumava as coisas pela casa. Terminado de lavar a farda, foi direto para cama, pois estava muito cansado. Ao pegar no sono, ouvia uma voz feminina falando sobre um protesto que aconteceu pelo dia em Aracaju. Muito cansado ele foi ate a sala para desligar a TV, e viu uma repórter ruiva com cabelos cacheados entrevistando um recém formado em química. Não dando atenção a reportagem, desligou a TV e voltou para o quarto. Ao deitar, seu celular começa a tocar. Pegou o celular e visualizou para saber quem ligava. Estava em seus contatos como Bia. E atendeu:
 -Alo?
 - Parabéns Filipe Lima! Como foi o último dia no curso de formação? –perguntou Bia com muita alegria.
 -Foi cansativo, mais foi bom. Na verdade o último dia foi ontem. Hoje eu tive que resolver os documentos no departamento e a noite os formandos teve de se apresentar ao governador - falava Filipe com uma voz de sono.
 -Meu dia também foi cansativo, vou deixar você descansar. Lembrei! Vai ter uma comemoração na casa de Carlos amanhã.
 -Qual a comemoração?
 -É que ele se formou, e os pais dele fizeram uma festinha com familiares e amigos. E nos convidou.
 -Porra! Vai ser em Propriá?
 -É, vai ser aqui.
 -Você já esta em Propriá?
 -Já. Eu preferir vir hoje pra ficar com meus pais um pouco.
 -Se eu soubesse tinha te dado o vale-transporte para que você não pagasse o ônibus
 -É! Mas não tem problema.
 -Vai ser que horas a festa?
 -Umas nove horas da manhã.
 -Ta bem. Amanhã eu chego ai!
-Certo. Beijo, até amanhã!
 No dia seguinte Filipe se levanta às seis e meia da manhã, se arruma, pega a pistola guardando na cintura e vai até o ponto de ônibus!
 Após uma hora e meia de viagem ele chega à cidade de Propriá, que fica a 96 km de Aracaju. No ponto de ônibus que tinha chegado aproveitou para comer algo, pois não tinha comido nada antes da viagem.
 Sentado em uma cadeira de lanchonete, ele ficou pensando como a cidade tinha mudado tanto, após a derrota do ex- prefeito Zé Brasileiro em 2016. “Nossa, que nostálgico. Mas bem que as pessoas que saiam de Propriá tinham razão. Você nunca mais quer voltar”, pensou Filipe.
 Ao terminar de tomar o café da manhã, foi pegar Bia, que estava na casa de seus pais. Ao chegar à casa de Bia, ele foi recebido com beijos e abraços. –E que alegria é essa? –perguntou Filipe.
 -Nada. Só estou feliz!
 Estávamos a caminho pra casa de Carlos, e Bia perguntou: - Me viu na TV ontem?
 -Ontem? TV? Não estou entendendo!
 -Não recebeu minha mensagem?
Filipe pegou o celular, e lá estava a mensagem mandada por Bia no dia anterior.
 -Ontem eu não tive muito tempo, foi por isso que eu não visualizei sua mensagem. Desculpe!Ontem foi muito corrido pra mim. Mas já que estamos aqui, fale pessoalmente.
 -Como já estou no penúltimo ano do curso de jornalismo, estou estagiando na TV Sergipe.
 -Que maravilha!Isso será uma grande  experiência para você, e se gostarem de você, pode ate ser contratada. –Falou Filipe com muita alegria.
 Ele se lembrou da noite passada. –Bem que eu tinha visto uma mulher parecida com você na TV, mas por causa do cansaço, fui dormir.
  Bia diz: - Adivinha quem eu entrevistei!
 -Quem?
 -Anderson!
-Anderson?O que ele tava fazendo na TV?
-Tive que entrevistar um funcionário da empresa BIO CORPORATION, para explicar as experiências que faziam em animais, e a quantidade de cadáveres jogados no lixo. Nem eu acreditei que era Anderson que eu tinha que entrevistar. Ficou ate mais fácil.
 Chegando à casa de Carlos, foram recebidos por Carlinhos, o pai de Carlos. Sorrindo, como sempre, falou que todos estavam no terraço. Estavam todos curtindo a festa.
Carlos estava se acabando de beber e dançando muito no XBOX ONE com KINECT e sem camisa. Ao lado, Vitoria brigava com Carlos por ele esta bebendo muito na festa. Carlos ver Filipe e oferece uma cerveja. Filipe aceita e vai falar com Vitoria, que é sua prima. Dá um abraço e pergunta: - Cadê tia Cleide?
 - Ta em casa. –Respondeu Vitoria com uma cara fechada. Filipe da um sorriso, e sai pra rever os amigos.
 Bia se aproxima de Vitoria e pergunta qual o problema. –Carlos desde que começou a festa ele não para de beber. –Respondeu Vitoria, com muita raiva.
 -Não se estresse, veja por um lado bom, ele ta feliz! É motivo pra você também ta feliz.
 Na festa Filipe encontrou Anderson, Flavia, Nem, Bruna, Brennda.
Ao entardecer, todos foram embora. Apenas ficou Filipe, Bia, Anderson, Flavia, Carlos e Vitoria. Carlos estava dormindo no chão de tão embriagado, às mulheres estavam conversando, e Filipe e Anderson começaram a conversar.
 -Fiquei sabendo que você foi contratado pela BIO CORPORATION. Parabéns! Ta começando bem sua carreira. –disse Filipe.
 -Tirei a sorte grande. Devo agradecer a Deus por isso. E você? Ainda na Policia? –Perguntou Anderson.
-Ainda to, mas acabei de entrar na C.O.E (Corporação de Operações Especiais).
 Anderson fica surpreso, e deseja boa sorte.
 Conversa vai, conversa vem, então anoitece.
 Filipe e Bia se despedem das pessoas e vai para casa de Bia. Ao sair da casa de Carlos seu celular começa a tocar. Ao visualizar a tela, estava chamando: (Departamento C.O.E.) “O que deve ser a essa hora pleno domingo à noite?” Pensou Filipe com certa preocupação, e atendeu!
 -Alô?
 -Soldado Lima! Compareça ao batalhão da C.O.E imediatamente. Urgente!
 -Mas eu não estou em Aracaju.
 -...
 O oficial desliga o telefone. Quem era no telefone? –Perguntou Bia.
 -Um oficial da polícia me comunicando.
 -Comunicando o que?
 -Para eu comparecer urgentemente no batalhão.
 -O que deve ter acontecido?
 -Não sei. O que sei é que tenho que ir para não perder o emprego.
 Foram até a casa de Bia para pegar a bolsa com roupas, que tinha deixado na casa dela. Pegou o primeiro ônibus e partiu. Chegando a Aracaju, Filipe passa em sua casa para pegar a farda, guarda em uma bolsa, e vai direto ao batalhão para não perder mais tempo. Chega ao batalhão a tempo.
  -Chegou a tempo, Soldado Lima.
 Esse era o encarregado pelo batalhão, o Capitão Santos. Tinha 32 anos de idade e 14 anos de carreira na polícia. Ele lembrava ator Wagner Moura. Já participou nos piores e mais delicados casos que Sergipe teve nos últimos anos, e todos obtiveram sucesso com ele no comando. Então ele tinha experiência pra dar e vender.
 Filipe se cumprimenta aos oficiais dando continência, e começa a fazer parte da reunião.
 Capitão Santos: -Recebemos um chamado da empresa farmacêutica BIO CORPORATION. Pessoas que protestam contra a empresa estavam prestes a invadir, e isso estava trazendo preocupação aos funcionários que nela trabalhavam, e até pela preservação da própria empresa. O exercito esta La para controlar a situação, e também alguns dos nossos homens vão acompanhar os Federais.
 Todos ficaram surpresos, e um soldado pergunta: - Federais? O que eles estão fazendo aqui? A final se trata de uma empresa privada, eles n se metem nisso.
 Capitão Santos: - Não sei. Mas são ordens e eu n discuto.
 O capitão da às costas aos 30 soldados que estavam na sala e da à ordem: - Vão para “operação esterilização”!
 Próximo da chegada da empresa, o capitão fala que terá uma mudança na formação da equipe ao chegar lá. Será formado 14 grupos de dois soldados, com exceção do sargento Silva e do tenente Cavalcante, que iram acompanhar os federais. Cada grupo terá um sargento do exercito para comandar.
 Grupo sete: Lima, Nascimento e sarg.Santana (Exercito)
 Todos desceram das viaturas, viu quanto tão grande era aquele prédio. Na parte de fora, uma entrada bem bonita, era um terreno bem plano, e nas laterais tinha grandes jardins bem cuidados. O prédio tinha 20 andares e era todo espelhado. Na parte frontal do prédio é onde ficava o nome da empresa, que quando a noite, acendia, chamando a atenção de todos que passavam.
 As pessoas que protestavam estavam próximas a entrada do prédio, e também estavam cheios de repórteres no mesmo local. Abriram passagem para os policias passarem.
 O capitão apresentou o sargento Santana aos dois policiais, e Filipe logo o reconheceu. Era Handel!
 Logo Handel reconheceu Filipe e foram para a formação. –É NE? Ta na C.O.E. –Falou Handel.
 De repente uma ventania forte, gigantes hélices. Eram os federais que tinha vindo diretamente de Brasília. Pousaram no jardim, saíram do helicóptero e entraram imediatamente no prédio com os dois policias da C.O.E.
 Passaram-se quinze minutos e os federais ainda estavam no prédio, enquanto Filipe e Handel estavam lá com outros policias na entrada do prédio pra controlar a situação.
  De repente, um dos policias da C.O.E começa a falar no radio. –solicitando ajuda, solicitando ajuda, código 6631. AAAHHHH! Rápido! Tem vários cachorros aqui, o doutor enlouqueceu e me mordeu, ta doendo muito à ferida. Doutor fique onde esta, não, não, NÃO!

 O rádio ficou mudo. Então ouve uma explosão no prédio.

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